Os casos de suicídio aumentaram 43% no Brasil em uma década
Quando a causa morte é suicídio, familiares e amigos se vem em uma condição estressante devido a dificuldade de entendimento do fato, por que a pessoa cometeu suicídio. Um suicídio muitas vezes nos leva a se rebelar contra Deus ou o destino, aumentando o trauma, podendo desencadear um quadro de depressão profunda.
Os últimos números registrados
Os casos de suicídio aumentaram 43% no Brasil em uma década, ando de 9.454, em 2010, para 13.523, em 2019. Entre os adolescentes, o aumento foi de 81%, indo de 3,5 suicídios por 100 mil adolescentes para 6,4.
Nos casos em menores de 14 anos, houve um aumento de 113% na taxa de mortalidade por suicídios de 2010 a 2013, fazendo do suicídio a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, e indicam que o aumento do risco de morte por suicídio se deu em todas as regiões do País, tendo o Sul e o Centro-Oeste registrado as maiores taxas. Braço da OMS nas Américas, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) está analisando o impacto da Covid-19 sobre a incidência de suicídios no continente.
Morte por suicídio é a segunda maior causa de morte de mulheres jovens. Com base em atestados de óbito de mulheres de 15 a 29 anos. Entre as principais causas do suicídio estariam os transtornos mentais.
De acordo com estatísticas, para cada 1 suicídio, há entre 10 e 20 tentativas. Isso significa que quem tenta tirar a própria vida, mas não consegue, vai tentar de novo, ficando cada vez mais vulnerável. Uma tentativa de suicídio é o maior preditor de uma nova tentativa. Caso isso aconteça, a pessoa deve receber auxílio médico imediato.
É possível Prevenir
A discussão do assunto é uma das formas mais eficientes de prevenção. Por isso é importante dar atenção aos transtornos mentais e não tratá-los como tabu, já que, em 85% dos casos de suicídio, um tratamento poderia ter evitado que o pior acontecesse.
Sinais que indicam tendência suicida
Apresentar sinais de depressão, mesmo que não assuma, ou dizer o tempo todo que está deprimida, mesmo que não aparente.
Ter esquizofrenia, que leva a delírios, alucinações e comportamento desorganizado.
Transtornos de humor e/ou personalidade, como bipolaridade.
Usar drogas ou álcool em excesso, o que aumenta a impulsividade e, com isso, o risco de se matar.
Dizer com frequência que está pensando em desistir, que não consegue continuar.
Apresentar sentimento de culpa, ódio por si mesmo, se sentir sem valor ou com vergonha.
Ter ado por uma perda importante, como morte ou separação.
Ansiedade, pânico, mudanças nos hábitos alimentares e no sono.
Comportamento retraído e inabilidade para se relacionar com familiares e amigos.
Sentimentos de solidão, desesperança e impotência.
Doenças físicas crônicas que são limitantes ou dolorosas demais.
História anterior de tentativa de suicídio.
Escrever cartas de despedida ou organizar documentos e testamento.
A maioria das pessoas que se suicidam apresenta depressão, mas nem todos que têm depressão, mesmo grave, vão se suicidar. De fato, apenas 15% das pessoas com depressão grave tiram suas próprias vidas.
Para cada 1 suicídio, há entre 10 e 20 tentativas. Isso significa que quem tenta tirar a própria vida, mas não consegue, vai tentar de novo, ficando cada vez mais vulnerável. Uma tentativa de suicídio é o indicio de uma nova tentativa. Caso isso aconteça, a pessoa deve receber auxílio médico imediato e principalmente apoio da família.