O fenômeno é pouco conhecido da ciência até agora 65 casos foram notificados
O primeiro relato na literatura médica aconteceu em 1982, o fenômeno é perturbador. Alguns pacientes declarados clinicamente mortos voltaram à vida após vários minutos (ou até horas) mesmo tendo sido submetidos a uma ressuscitação torácica fracassada.
Embora seja difícil estudar os detalhes desse fenômeno, os pesquisadores trabalham com duas hipóteses para explicá-lo.
A primeira estaria relacionada à baixa perícia médica com que eram feitas algumas ressuscitações cardiovasculares, o que poderia causar uma pressão no tórax que suprime o batimento cardíaco até a área ser gradualmente descomprimida.
A segunda teria a ver com a hipercaliemia, altas acumulações de potássio que poderiam retardar o reinício da circulação sanguínea.
Um dos casos mais impressionantes da síndrome foi registrado no Mississippi, nos EUA, em 2014. Um homem de 78 anos foi declarado morto após ser encontrado sem pulso e acordou, no dia seguinte, em um saco de cadáver.
Um estudo de 2020 ou a pente fino toda a literatura médica conhecida sobre este fenômeno e conseguiu encontrar 65 pacientes que tinham experimentado esta “ressuscitação automática” entre 1982 e 2018. Dezoito dessas pessoas (28%) conseguiram recuperar completamente.
Os cientistas analisaram os sinais vitais de mais de 600 pacientes gravemente doentes enquanto estavam a ser retirados do e vital. As conclusões revelaram que o coração pode parar e reiniciar várias vezes durante o processo, antes de parar totalmente para sempre.
No Brasil como em outros países esse risco é fortemente suprimido devido aos procedimentos de tanatopraxia que elimina toda e completamente as chances de isso vir a acontecer. Porem temos que ter em mente que em regiões mais carentes onde os procedimentos do pós morte ainda é pouco realizado se vier acontecer será de grande espanto para todos.