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Como é tratado a morte nos Sul da África

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Preparativos de muito luxo antes e após o sepultamento 

Na África do Sul, quando alguém morre, as pessoas visitam frequentemente a família enlutada cerca de uma semana e algumas comemorações acontecem principalmente nesse período à noite.

Os visitantes são recebidos com uma variedade de biscoitos, tortas, café, chá e outras bebidas que são tudo menos baratas.

Banquetes, festas, roupas caras e extravagância na escolha do caixão fazem parte da cultura do país e, segundo pesquisa realizada em 2004, o cidadão africano ava mais tempo participando de velórios do que de casamentos, e os resultados permanecem como cultura desse povo.

Tanto tempo e custo podem ser explicados pelos longos rituais da sociedade local, desde o nascimento até a morte.

Só por essas guloseimas, a conta pode chegar a centenas ou até milhares de dólares, dependendo do tamanho do círculo social do falecido.

Na véspera do funeral, o grande dia, costuma-se fazer uma vigília na casa do falecido. Além de alimentos e bebidas, as famílias têm de alugar mesas e cadeiras para receber pessoas que conhecem, aumentando ainda mais as despesas funerárias.

Os gastos com a morte podem ser astronômicos

Molefi Kupane, proprietário de uma funerária em Joanesburgo, disse que organiza até 40 velórios por semana.

Embora os funerais impulsionem o seu negócio, ele acredita que os sul-africanos deveriam gastar menos em cerimónias.

Koupane disse ter visto pessoas gastarem todas as suas poupanças em funerais, especialmente em caixões luxuosos, alguns feitos de materiais nobres como carvalho ou castanheiro.

Kupane disse que tentou persuadir os clientes da empobrecida comunidade do Soweto a gastar menos em cerimónias, mas nem sempre teve sucesso.

“Espero que um dia as pessoas possam utilizar os recursos de que dispõem para realizar funerais”, disse Kupane, que muitas vezes não cobra pelos funerais que organiza porque os níveis de pobreza continuam extremamente elevados na África do Sul pós-apartheid.

No dia do Sepultamento

No dia do funeral é habitual as pessoas alugarem carros e comparecerem ao cortejo, acompanhadas de amigos e familiares que não poupam em roupas de grife e óculos de sol.

Já se foi o tempo em que o preto dava o tom do luto. Na África do Sul, as roupas são coloridas até no dia do enterro.

No entanto, a cerimônia ainda não terminou quando o padre ou sacerdote pronuncia as palavras finais antes do enterro do caixão.

A comitiva segue então para a casa dos falecidos, onde são recebidos com uma esplêndida festa.

Há também uma seção chamada “Depois das Lágrimas”. As bebidas são distribuídas como uma premiação, e a música e a dança são imperdíveis. Tudo é feito para que o falecido tenha pelo menos uma despedida satisfatória.

 

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